31 dezembro 2012

anvidiz@gmail.com diz:

Posted by Finho On 1:52 PM

Cine holliudy !

19 outubro 2009

Desmistificando um mal da internet

Posted by Avz On 6:48 PM

"A partir de minha experiência, nós, como uma família, sentávamos todos e meu pai lia o jornal ou gritava com a televisão com relação a uma notícia em especial. Nós, como família, como grupo, então processávamos e interpretávamos esse conteúdo e então tirávamos um significado disso. Mas fazíamos isso como grupo e é mais ou menos assim que nós tínhamos nossa visão sobre o mundo.

Então, nos últimos 20 anos, a tecnologia cresceu em um nível incrível, mas o tempo disponível das pessoas também se reduziu de maneira incrível. O consumo de mídia até o advento da Web 2.0 tornou-se uma experiência bastante solitátia. As pessoas lêem o jornal sozinhas, tentam digerir algo; ler algo no celular, assistir um clip na internet... Mas tudo isso é feito de maneira solitária.

Eu vejo a Web 2.0 como uma correção de curso. O motivo pelo qual eu acredito que isso não é uma moda, é porque ela entrelaça o tecido social novamente. Ela restabelece os relacionamentos que temos no mundo off-line e os colocam no mundo on-line, capacita novamente o consumo de grupo. Agora as pessoas podem consumir e compartilhar as coisas, disctui-las, interpretá-las, e por fim ter uma visão sobre o mundo e não mais apenas suas interpretações e observações pessoais: estamos de volta à velha trajetória.

É por isso que eu vejo esse fenômeno como uma correção de curso para a Internet e por isso que não vejo isso indo embora. Não vejo todo o advento da rede social como algo sobre o qual olharemos para trás na História e diremos: "Foi interessante." Simplesmente não creio que isso acontecerá"

Patrick Crane, marketing e RP da LinkedIn, em entrevista para o livro Web 2.0 Heroes (págs 125 e 126)

27 agosto 2007

Homem-Pombo (Teórico)

Posted by Finho On 5:19 PM

O título desse post não possui um caráter meramente cômico. A pomba é o animal mais sujo, feio, triste e escroto do reino animal e eu até acredito que se ela deixasse de existir, a cadeia ecológica permaneceria intacta. Desculpem-me pelo olhar leigo sobre a biologia de um aluno que sempre passou com média 5. Infelizmente é assim que eu enxergo a humanidade em algumas ocasiões; como um desgovernado bando de pombas.
Acredito que o sentimento mais puro do ser humano seja a inveja. Quando vemos outra pessoa de nossa espécie triunfar, podemos até ficar felizes; porém sempre tendemos a ficar com um gostinho amargo na lingua e a dúvida de que se tivessemos as condições necessárias, poderíamos fazer melhor. Até mesmo a compaixão, tao endeusada pela sua carga elevada de altruísmo tem um significado oculto. Afinal, quando sentimos compaixão por alguém, o individuo "compaixado" se encontra em uma situação pior e o "compaixante" que se solidariza sabe muto bem que o gesto faz com que ele se sinta maior e mais bem sucedido.

Homem Pombo (Prático)

Posted by Finho On 5:17 PM

Filas: As filas demonstram como o homem não é capaz de conviver pacificamente em grupo. Muitas são as justificativas utilizadas por um individuo que não as respeita. A mais típica é a "se eu respeitar a fila, vou ficar aqui por horas". Ou seja; o fato de você ter que esperar horas em uma fila automaticamente te concede o direito de desrespeitar outras pessoas que também terão que esperar o mesmo que você. É interessante observar uma relação matemática em filas. Quanto mais organizadas as filas são, menos pessoas tentam furar. Parece óbvio, mas na minha cabeça não é. O que muda em uma fila que tem seguranças e grades? Por que o fato da fila estar mais organizada, inibe o furo? "Já que ta uma zona, eu vou furar mesmo". A relação causa e conseqüência está completamente deturpada. Se as pessoas não furassem, não haveria zona e a zona em uma fila não fornece o habeas corpus para uma amnésia ética. Da mesma forma, a presença de uma pessoa que exibe o colete "segurança" ou algo que o valha não deveria atuar como um juiz das SUAS convicções e preceitos.
Imagine a seguinte situação: Você está na fila de um check-in e ouve o anúncio de que a fila agora mudou de lugar. A cena observada a seguir é bastante cômica. Ninguém pensa em conservar os lugares originais da fila anterior, e todos tentam ganhar uma ou duas posições. O mais engraçado é que todos sabem que correr é condenável e por isso, andam com o passo apertado em um movimento muito similar ao caminhar dos pombos.

Creio que o mecanismo é similar ao das multas para quem passa em um sinal vermelho. O único entrave para o furão é o medo de ser reprovado e combatido pelos respeitadores. Por conseqüência se não houver algum macho ou nenhum observador na fila, você pode se dar o direito de acreditar que furar fila não é errado e até chamar aos outros de troxa. A punição está acima da educação.

Beijar uma pessoa comprometida: Essa é uma questão bem diferente da anterior, mas também muito valiosa para ilustrar toda a maldade do homem pombo. Quando estamos falando com alguém do sexo oposto e descobrimos posteriormente que essa pessoa está comprometida, nossa reação é meio indiferente. A única exceção é para namorada de amigos. Quantas vezes eu já ouvi a frase: "mas você conhece ele? então foda-se". E ela não foi proferida apenas por homens. É meio estranho. Deveríamos ser capazes de entender e respeitar uma relação, independentemente se conhecemos ou não, as duas pessoas envolvidas. E o que acontece se após beijarmos uma menina, ficarmos amigos do namorado dela? O ato que era aceitável se transforma em cuzão mesmo que o ato em si tenha permanecido inalterado?
E o pior de tudo é que algumas pessoas tentam buscar razões lógicas para se redimir do seu comportamento como os já clichês "proibido é mais gostoso" ou "tenho fetiche por pessoas comprometidas". O uso da palavra "fetiche" torna tudo mais eufêmico e justificável.

Algumas pessoas realmente não pensam dessa maneira. Inclusive é interessante perceber como não furar fila e não beijar pessoas comprometidas são vistas como gestos bacanas quando na verdade deveriam ser considerados bom-senso. Espero que a humanidade possa mudar radicalmente, senão ficaremos fadados a nos degladiar com os outros membros em busca de uma mísera migalha de pão ou cacarejar o mais alto possível para conseguir a melhor fêmea da turma.

10 novembro 2006

Saudosismo

Posted by Finho On 12:45 PM

Difícil ser racional em relação a um assunto que envolve uma dose homérica de emoção. Certamente, o meu pai já se queixou silenciosamente de nunca ter me visto jogando bola descalço na rua e eu lamentarei que meu filho prefira jogar "Snake" no celular do que brincar de lutinha com os primos dele. O mundo é assim, muda rapidamente de forma que os mais jovens sempre conseguem se adaptar mais rápido. E os mais velhos preferem julgar esse novo mundo como "ruim", tratando com indiferença e descaso. Talvez, não conseguimos admitir que a época em que comandávamos, estávamos a par de tudo já passou. O passado pertencia a nós e o futuro não nos pertence mais. E isso dói.
PS: Eu sei que o correto seria falar preferir alguma coisa à outra e não do que outra. Mas eu não estou escrevendo um livro e sim um blog. Muitas vezes usarei a expressão que se aproxima da lingua falada.