"A partir de minha experiência, nós, como uma família, sentávamos todos e meu pai lia o jornal ou gritava com a televisão com relação a uma notícia em especial. Nós, como família, como grupo, então processávamos e interpretávamos esse conteúdo e então tirávamos um significado disso. Mas fazíamos isso como grupo e é mais ou menos assim que nós tínhamos nossa visão sobre o mundo.
Então, nos últimos 20 anos, a tecnologia cresceu em um nível incrível, mas o tempo disponível das pessoas também se reduziu de maneira incrível. O consumo de mídia até o advento da Web 2.0 tornou-se uma experiência bastante solitátia. As pessoas lêem o jornal sozinhas, tentam digerir algo; ler algo no celular, assistir um clip na internet... Mas tudo isso é feito de maneira solitária.
Eu vejo a Web 2.0 como uma correção de curso. O motivo pelo qual eu acredito que isso não é uma moda, é porque ela entrelaça o tecido social novamente. Ela restabelece os relacionamentos que temos no mundo off-line e os colocam no mundo on-line, capacita novamente o consumo de grupo. Agora as pessoas podem consumir e compartilhar as coisas, disctui-las, interpretá-las, e por fim ter uma visão sobre o mundo e não mais apenas suas interpretações e observações pessoais: estamos de volta à velha trajetória.
É por isso que eu vejo esse fenômeno como uma correção de curso para a Internet e por isso que não vejo isso indo embora. Não vejo todo o advento da rede social como algo sobre o qual olharemos para trás na História e diremos: "Foi interessante." Simplesmente não creio que isso acontecerá"
Patrick Crane, marketing e RP da LinkedIn, em entrevista para o livro Web 2.0 Heroes (págs 125 e 126)